Um menino de aproximadamente 12 anos foi vítima de uma sessão de espancamento brutal praticada pelo próprio pai, um homem que está foragido da Justiça. O caso, registrado na região do Marajó, no Distrito Federal, causou forte comoção entre profissionais da rede de proteção à infância.
As agressões deixaram marcas profundas por todo o corpo do garoto — nas pernas, costas, nádegas e até na região genital. A violência foi tamanha que resultou na saída de um dos testículos da bolsa escrotal, exigindo atendimento médico imediato.
O agressor tem histórico criminal e estava foragido após não retornar de um saidão no estado de Goiás, onde cumpria pena por roubo. Após as agressões, desapareceu novamente e segue sendo procurado pela polícia. Há um mandado de prisão em aberto contra ele.
A tragédia pessoal da criança é ainda mais profunda: no início do ano, em 5 de janeiro de 2025, a mãe do menino foi vítima de feminicídio, assassinada pelo então companheiro. Este foi o primeiro caso de feminicídio registrado no Distrito Federal em 2025.
A situação de violência foi descoberta pela escola do menino, que observou sinais de maus-tratos e acionou o Conselho Tutelar da região. Após intervenção, o garoto foi levado à delegacia para registro da ocorrência e, em seguida, encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e a um hospital para exames e cuidados médicos.
Atualmente, a criança encontra-se acolhida em um abrigo institucional, onde permanecerá até que seja possível seu encaminhamento para a guarda de um familiar responsável, com o devido acompanhamento da Justiça e dos órgãos de proteção à criança e ao adolescente.
A polícia continua as buscas pelo pai da vítima, que deve responder não apenas pelo crime anterior de roubo, mas também pelas agressões e tortura praticadas contra o próprio filho.