“Eu estava dando banho nos meus dois filhos, a menina, de 6, e o rapazinho, de 4. Quando conversava com o menino, ele começou a falar do ‘bibiu’. E eu o alertei, falando que ele não podia mostrá-lo para ninguém, apenas para a mamãe. A outra [criança] estava se secando no box quando disse que um dos meus funcionários tinha passado o ‘bibiu’ nela”, relatou a mãe à polícia.
A empresária acrescentou que a filha se deitou sobre ela e mostrou o que o suspeito fazia. Além disso, a criança contou que o suspeito tocava as partes íntimas dela e que cometeu os abusos diversas vezes, sempre no quarto da mãe da menina, enquanto a empresária e o padrasto da criança estavam fora.
O último contato do suspeito com a vítima ocorreu em 9 de setembro, quando o funcionário da família teria estuprado a menina após o horário de almoço. O investigado, que tinha ficha criminal com registros de estupro de vulnerável, ameaça e lesão corporal, intimidava a criança ao dizer que ela não podia relatar os fatos a ninguém.
Para garantir que a criança ficasse calada, o investigado entregava doces que a mãe da criança não costumava deixar a menina comer. Além disso, dizia que seria repreendido pela chefe e demitido do emprego caso a história vazasse.
Após a denúncia da empresária, o funcionário da fábrica começou a difamar a vítima e os parentes da menina para outros trabalhadores da empresa. A polícia detalhou que o investigado contava que eles queriam “acabar com a vida” dele. Na delegacia, porém, o suspeito permaneceu calado. Ele ficará à disposição da Justiça, na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A corporação informou que a prisão ocorreu mesmo durante período de eleições porque o suspeito está com o registro eleitoral cancelado. Ele pode responder pelo crime de estupro de vulnerável, com pena de 8 a 15 anos de prisão.